A SAGA DO CREPÚSCULO
A SAGA DO CREPÚSCULO
Autor: Robson T. Fernandes
A escritora da série de livros transformados em filmes é a norte-americana Stephenie Meyer, que na época tinha 29 anos de idade.
Vejamos o que a escritora nos diz acerca da forma como surgiu a idéia do livro:
Eu acordei (naquele 2 de junho) de um sonho muito vívido. No meu sonho, duas pessoas estavam tendo uma conversa intensa em uma campina na floresta. Uma dessas pessoas era apenas uma menina comum. A outra pessoa era fantasticamente linda, brilhante, e um vampiro. Eles estavam discutindo as dificuldades inerentes aos fatos que os fizeram A) Cair de amor um pelo outro enquanto, B) o vampiro estava particularmente atraído pelo cheiro do sangue dela, e estava tendo um momento difícil restringindo-se de matá-la imediatamente.www.stepheniemeyer.com/twilight.html
Então, Stephenie Meyer passa, do dia para a noite, de dona de casa à escritora. Em um curto período de três meses ela escreveu as 416 páginas do livro Crepúsculo.
O livro desde então tornou-se a maior febre entre os jovens do mundo todo, desde Harry Potter, sendo o primeiro de uma série de quatro, e talvez cinco, segundo as pretensões da escritora.
A “fórmula mágica” do sucesso da série Crepúsculo, que já vendeu mais de 25 milhões de cópias no mundo inteiro, sendo traduzido para 37 línguas, e do filme está centralizado na história de um amor proibido entre os atores Robert Pattinson (Edward), que interpretou Cedrico Diggory no quarto filme da saga de Harry Potter, e Kristen Steward (Bella), que participou do filme Jumper e Na Natureza Selvagem.
No Brasil, o primeiro livro da série passou de 70 mil exemplares. O quarto livro da série vendeu 1,3 milhão de exemplares só nos EUA e os três últimos livros alcançaram quase 9 milhões de exemplares vendidos só nos EUA.
O filme tem como inspiração o ocultismo que já é típico dos grandes sucessos hollywoodianos. A exemplo de Harry Potter, que contribuiu substancialmente para a divulgação e propagação da Wicca (bruxaria) entre os jovens, e vários outros filmes que incentivaram a prática da consulta aos mortos, Crepúsculo está disseminando cada vez mais o interesse entre os jovens pelo vampirismo, por mais incrível que possa parecer.
De acordo com Steve Wohlberg, “Poucos dias depois de Crepúsculo ter afundado suas presas nos cinemas em novembro de 2008, tanto a Fox News como a ABC News apresentaram reportagens especiais sobre o real e explosivo interesse em vampirismo ao redor do mundo”.
Em um trecho do filme ouvimos o seguinte relato de Edward, o “vampiro vegetariano”:
“Eu sou o predador mais perigoso do mundo. Tudo em mim a atrai. Minha voz, meu rosto, mesmo o meu cheiro … Eu estou destinado a matar … Eu queria matá-la. Eu nunca quis o sangue humano tanto em minha vida … Seu perfume, é como uma droga para mim. Você é como a minha própria marca de heroína”.
Enfim, além do apelo espiritual maléfico, o maior “anzol enferrujado com isca de ouro” do filme é o apelo emocional, que leva jovens e adolescentes e se embrenharem na saga sem se dar conta dos perigos e influências a que são submetidos.
No filme estimula-se o jovem a abrir mão da família, dos parentes e do bom uso da razão em nome de um amor proibido.
Bem, talvez a saga não fizesse tanto sucesso se ao invés de vampiro, o Edward fosse um traficante bonzinho, ou quem sabe um estuprador bem intencionado, ou ainda um aliciador que deseja não aliciar. Talvez a saga não fizesse tanto sucesso. Em contrapartida, se o Edward fosse um traficante, estuprador ou aliciador talvez quebrasse menos princípios bíblicos do que um vampiro.
Finalmente, o princípio empregado é o mesmo: Bella é seduzida a abrir mão de tudo aquilo que a Sagrada Escritura considera como santo, a exemplo da família e moralidade, para se entregar de corpo e alma, e alma mesmo, àquilo que ela julga ser o certo: o amor proibido.
Normalmente, na fase da juventude, encontramos uma explosão de hormônios e transformações físicas e emocionais que fazem com que se tomem atitudes mais com a emoção do que com o bom senso, e é exatamente aqui que a saga Crepúsculo trabalha, incentivando jovens a agir puramente pela emoção. Tudo em nome do grande amor, descaracterizando assim o verdadeiro sentido do verdadeiro amor, confundindo amor com paixão romântica e levando-os a quebrar princípios bíblicos e nome da emoção.
Ainda, utiliza-se a emoção de um amor ardente e proibido como um salto para se abrir mão de todo princípio espiritual sadio.
E para quem ainda pensa que se trata apenas de ficção científica e literatura cultural e ingênua, tratando aqueles que se pronunciam contra tais práticas como radicais e intolerantes, basta observar na prática os resultados reais de tal saga, Crepúsculo, na vida diária dos jovens que promovem cada vez mais o estilo emo, que utiliza roupas pretas, olhos maquiados em tom escuro, franjas caídas sobre os olhos e vivem em torno das emoções e sentimentos. Ou ainda, as “coincidentes” semelhanças entre Edward e o anjo caído, Satanás, como o corpo que brilha (Is 14, Ez 28), e suas frases de efeito, como por exemplo, na cena em que Bella entra na escola com Edward e ela diz: “Estamos quebrando todas as regras”, e ele responde: “Não tem importância, eu vou para o inferno mesmo”, desdenhando da realidade do inferno e fazendo disso uma comédia, portando-se como alguém que está acima do juízo Divino e que por possuir a suposta imortalidade oferecida pela vida vampiresca está livre dessa verdade.
Infelizmente o sucesso da saga, seja dos livros ou dos filmes, é apenas um reflexo da falta de estrutura a que nossa sociedade global está submetida, com pais que não têm demonstrado preocupação em oferecer uma base familiar com alicerces espirituais sadios, permitindo que seus filhos sejam influenciados por toda tristeza que podemos ver e fazendo disso um sucesso.
Que pena!
Quando vejo tais fatos lembro-me com tristeza das palavras de Jesus:
“...Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?” (Lc 18:8)
“Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo”. (Ap 3:20)
“Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca” (Mt 24:38)
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